segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Eu ouvi que você encontrou uma garota e você está casado agora, eu ouvi que seus sonhos se tornaram realidade. Acho que ela lhe deu coisas que não dei a você. Eu odeio aparecer de repente sem ser convidada, mas eu não pude ficar longe, não consegui evitar, eu tinha esperança de que você veria meu rosto e que você se lembraria de que pra mim, não acabou. Não se preocupe, eu vou encontrar alguém como você. Não desejo nada além do melhor para você, também não se esqueça de mim, eu imploro, me lembro que você dizia: “Às vezes o amor dura, mas, em vez disso, ele as vezes fere." - Adele [dedicado -acr '

sábado, 10 de dezembro de 2011

“ Você tem medo do que eles pensam, do que eles vão dizer, você se preocupa demais com o que eles querem, com o que eles acham. Você tem vergonha dos seus defeitos e não consegue ver as suas qualidades, você liga demais pra opinião alheia. Não acha que já está na hora de parar com isso? Você não vê o quanto é especial, o quanto é linda, e que esses seus defeitos que você tanto abomina é o que te torna tão única. Os outros são apenas os outros, e o que eles pensam não importa pra você, então que tal sair esta noite e não se preocupar com o que eles querem? Que tal você por aquela roupa que você tanto gostou e teve vergonha de usar? Que tal falar tudo o que pensa sem medo se vão rir ou não? Guarde a sua máscara no armário, tire esta armadura, coloque o seu sorriso no rosto e seja você mesma, pare de pensar tanto no que eles querem e comece a pensar no que você quer. E se você quer saber, todos eles tem defeitos e nem por isso eles são melhores ou piores que você. E você tem um coração lindo, um humor maravilhoso, um sorriso de delirar, e esses olhos que fazem com que a gente se perca. Pare de ter medo, você não precisa disso, você pode fazer o que quer. Você tem ‘fogos de artificio’ dentro de você, deixe eles brilharem.”

No fim de tudo é só saudade .

Pensei que seria apenas mais um dia, mas naquela tarde de segunda-feira tudo estava pior do que o normal. Pensei que levantaria da cama com o coração doendo e os olhos inchados, comeria alguma coisa e deitaria no sofá para assistir tv até adormecer. Minha rotina era sempre essa desde o dia em que ele partiu. Não, tudo era diferente, tudo mesmo. Eu estava cansada da televisão e de dar audiência a programinhas fúteis, não estava com nenhum pingo de fome e meus olhos lacrimejavam mais que o habitual. Reli aquela bendita carta pela milionésima vez e fui lavar o rosto. Vi meu semblante completamente abatido, fechei os olhos num suspiro e ao abri-los dei de cara com uma nova imagem: Éramos nós que estávamos lá. No espelho um fraco reflexo de um amor que saiu pela porta, porém nunca se foi. Chorei silenciosamente por minutos seguidos e a cada vez que abria e fechava os olhos, o mundo girava e a cena mudava. Por um momento pensei estar num sonho, mas era real demais e estava doendo demais para que eu não estivesse acordada. Eu poderia até estar louca, de fato, mas dormindo é que eu não estava. Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, mas aquela era a primeira vez que eu o via. Dane-se se era delírio e se me machucava, eu o tinha e naquele momento ele era apenas meu. Comecei a ouvir vozes, imaginar mais um diálogo entre nós. Quando nossos lábios se tocaram, pude sentir o efervescer de meu corpo e então sorri, mesmo que chorando. Ele levou malas cheias de roupa, levou os porta-retratos, mas continua em meu peito e as paredes do nosso quarto ainda são testemunhas do nosso amor. O sentimento ficou, ficou o silêncio, ficaram vários nós, vários pontos de interrogação. De repente o ouvi dizer que ia embora, que eu o conhecia e que tinha sido erro meu acreditar que ficaria para sempre. Lavei o rosto novamente e ao olhar no espelho ele tinha ido junto às lágrimas. Respirei fundo e conscientizei-me de minha parcela de culpa em toda a situação, pois ele nunca me iludira em relação ao seu tempo de estadia e uma hora ele partiria, mesmo dizendo que me amava. Prometi a mim mesma sair daquela situação e pus à força em minha mente o que ele me dissera inúmeras vezes:
Quem ama aos pássaros têm ou de se habituar ao cantar triste que eles emitem ao estarem engaiolados, ou de suportar a dor de vê-los partir.

- Percebi que não havia nada de tão diferente naquele dia, foram só algumas doses a mais de saudade e eu teria de agüentar, passar por cima daquilo e viver.
As pessoas te olham, estão ao teu lado, por vezes te amam, mas não te conhecem. Tantas vezes a gente tem que ouvir e por amor, nada falar. A gente tem que aprender a perdoar, aprender que eles não são como nós e nem sempre têm esse olhar tão perspicaz sobre tudo, sobre o mundo. A gente tem que aprender a lidar com crises, superar os medos sem se deixar abater tanto... A gente tem que ver que ninguém morre de amor aos quinze anos de idade. O seu namoro acabou e tem gente esperando numa fila por um transplante, gente esperando pela morte numa fileira de macas no corredor de um hospital superlotado. Você enfrenta filas pra tudo nessa vida, a fila do amor-sincero-que-dura-eternamente é bastante grande. Espera. A gente tem que aprender a se livrar do que é banal, do que não te acrescenta, só diminui. Do beijo do cara bonitão que não te liga no dia seguinte e te deixa uma semana se sentindo um lixo, incompleta. A gente tem que aprender, por Deus, que quantidade não é qualidade. Tem que ter amor próprio, tem que aprender a conter o choro, tem que saber em quem confiar. A gente tem que largar mão de toda essa alienação, pensar com a própria cabeça, tem que voar com os pés no chão. Sabe o que é pior? Tem gente que julga muito a gente por não sermos nós os heróis a conseguirmos cumprir tantos ditos, conseguirmos concretizar tantos planos. E eu escrevo e releio mil vezes, tentando convencer a mim mesma que conseguirei. E repito mais mil vezes pro meu reflexo no espelho que não vou me apegar tanto, que vou me importar menos, que vou segurar a barra e todas as lágrimas. E eu consigo, minha superfície permanece intacta. Meu coração, em contrapartida, entra num processo de autodestruição. E dói ver que o passado me atormenta novamente, dói demais reviver tudo de ruim que outrora por pouco não fez de mim um pó. Dói fingir que estou bem por ser minha a função de bancar a muralha protetora. Sabe um muro de uma casa, dos mais altos, cheios de arames farpados? Ele protege os outros enquanto agüenta sol, chuva, pragas... É mais ou menos assim que eu me sinto. Sou forte, mas o reboco tá descascando, alguns tijolos estão caindo e ao mesmo tempo em que sinto que estou pendendo e indo ao chão, preocupo-me demasiadamente em saber em que lado cairei, a que pessoas machucarei. E eu não consigo não ser assim. Por mais que eu saiba que é idiotice ser coração demais e até te diga que amor-próprio não é sinônimo de egoísmo, eu sempre vou pensar em alguém antes de mim (e te juro, não falo aqui de nenhum amor platônico). Porque eu me conheço e sei mais do que ninguém que para mim, maior que a dor da minha queda é a partitura de um coração que reciprocamente me ama. Aí eu olho pro espelho e insisto dizendo que tudo vai passar, que a paz tornará a reinar. Aí eu lembro das filas, da espera angustiante e ponho em mente a ideia de que o sol vai voltar e uma luz lá de cima me iluminará. Eu queria que fosse só mais uma parte de um dos pesadelos que constantemente têm atormentado as minhas noites, mas tudo isso pode ser resumido em duas palavras: ruim, realidade.

sábado, 9 de julho de 2011

Mais linhas, mais folhas, mais eu por você. Outra vez, eu estou aqui, com frio, sentada, desarrumada e desgraçada. Outra vez, vou encher as linhas sobre saudades, sorrisos, lagrimas, olhares, nós, sobre eu, e sobre a falta de você. Sabe, aquela falta, aquela ausência, pois bem…Eu to tentando preencher esse vazio, mas não é fácil. É pouco. Quanto de amor ainda vou precisar para sarar de um só? Me desculpe, eu já não te conheço a tempos. Ao contrario de você, que eu deixei conhecer cada cantinho, abri todas as portas, desfiz todas as entrelinhas, mostrei todos os meus sorrisos e te contei cada pedacinho da minha casa, você me teve nas mãos, aberta, pronta para ser vista, lida, e amada. E jogou fora. E eu, que queria conhecer seus sorrisos, saber a profundidade das suas covinhas, contar seus fios de cabelos, te amar dos pés a cabeça, eu não conheci nada. Absolutamente nada. Você foi a mentira mais fria que meus olhos já tentaram ler, que eu já quis sentir, você não foi você, foi eu. E nessa de te amar, eu perdi de novo. Me desculpe meu amor, estou com saudades. Saudades de algo que não existe mais, se algum dia existiu, entende? Eu fui amor por você e por mim, juntos. E eu to tentando dividir essa tristeza que ficou após sua ida, você sabe que eu tento, na verdade, eu to esgotada. Esgotada e implorando para que tu volte e me encha outra vez, sei lá, senta aqui, me diz qualquer palavra, limpe os móveis, o coração, vamos para uma estação de trem mesmo que sem rumo. Cara, eu te amo. E te amei com todo o amor que tinha e tenho a oferecer, me desculpe de novo se não bastou pra ti. Para mim, tu sempre bastou. Basta ser meu, basta que me faça tua. Me olhe, me sinta, queira me entender. Eu to com saudades, eu to sorrindo, eu to chorando, eu to sendo tua desde quando tu disse o primeiro oi. Eu to te amando, como sempre amei.
Não é distância. É mais do que isso. Eu já desisti de querer que teu lugar fosse aqui, porque decididamente não é. Eu já desisti de tentar entender o que será isso que te faz tão inexplicável assim. O que te faz estar presente mesmo estando ausente. E como é que você faz o resto do mundo parecer tão egoísta. Por estar acima disso. Por ser tão cuidadoso, tão absurdamente dedicado. Não é amor. É mais do que isso. Eu sempre quis que você estivesse aqui, que tuas palavras me protegessem, que não fosse apenas sonho. Que fosse real. Mesmo se não fosse o suficiente… Seria você. Eu sempre quis tantas coisas, mas era pouco demais. Era alcançável. Mesmo assim agora sei que não terei mais nada. Eu sinto demais a sua falta. A todo o momento. Mesmo quando tudo vai bem, nada está inteiro. E quando vai mal, pareceria tão resolvível visto pelos teus olhos. Não sei da onde tirei isso de precisar. De depender. Não sei como dois minutos podem fazer tanta diferença. E como dois anos marcam uma vida para sempre. Eu sinto falta de uma coisa que nunca tive. De tudo que nunca aconteceu. De você que foi o menos presente e que mesmo assim está aqui até agora. Que mesmo assim está me fazendo permanecer sozinha da mesma forma. Vazia. Por dentro eu sou só saudade. Por dentro sou alguns momentos insustentáveis. Alguns desejos insaciáveis. Uma falta integral. Obrigado por ser o meu anjo. E obrigada por tantas outras coisas. Por apenas ser. Por existir. Por tanto tempo. Por permanecer. Por ir embora e ainda assim continuar assim. Eu deveria duvidar que você se preocupa mas, mesmo assim, você é bom demais para desistir de mim. Eu às vezes duvido que você existe, às vezes penso se não foi um sonho, me pergunto se a espera ainda será muito longa, se a presença será o bastante. Se vai finalmente virar realidade. Você que sempre promete que volta, que eu tantas vezes perdi. Que eu tive que deixar partir. Você que não se compara a ninguém, que não tem defeito algum. Eu nem sei que dia vai te trazer outra vez. Mesmo assim, e mais do que nunca, preciso que esse dia chegue. Que essas palavras te digam que é ruim demais a tua ausência, infundada demais essa necessidade. Mesmo que vá esquecer de mim quando o tempo for longo demais, você ainda é o que eu espero. O que eu preciso. E o que me salvaria. Obrigado por tudo.

sábado, 2 de julho de 2011

Uma pessoa, quando tá longe, vive coisas que não te comunica, e tu, aqui, vive coisas que não a comunica. Então, vocês vão se distanciando e, quando vocês se encontrarem, vocês vão se falar assim: oi, tudo bom e tal, como é que vão as coisas? E aí ele vai te falar, por cima, de tudo que ele viveu, e, não sei, vai ser uma proximidade distante. Não adianta, no momento que as pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra.






A distância nos partiu em dois, quando deveríamos ser um. Mas eu ainda sou você. Eu sou mais você, do que eu mesma. E se eu ainda estou inteira, é porque você continua inteiro dentro de mim .
Eu tive que me afastar de você. Por não poder te pegar e te guardar aqui dentro.

sábado, 23 de abril de 2011

Ultimo texto que escrevo pra você .



Eu acreditei. Esqueci de te contar, não foi? Mas, bem, acreditei. Todas as noites isoladas, perdidas e sem saída me mostraram a verdade. Eu acreditei tarde demais e ainda hoje leio palavras e sei que elas seriam para nós dois. Sei que elas seriam suas e minhas e que, juntas, nos traduziriam. Hoje percebi que não escrevo mais. E para que eu deveria? Não existe sentido em palavras soltas. Elas sempre são para alguém. Tento definir isso, mas parece ininteligível. Elas sempre são para alguém. E eu as tenho evitado porque nas primeiras linhas já começo a chorar como estou fazendo agora. E chorar me traz de volta a mesma dor que sempre esteve presente. E você mesmo presente não sarou nada. Você mesmo presente está ausente e fora de mim. Fora do meu eixo. E eu te busquei por todos esses dias. Isso é uma parte realmente essencial. A mais insensata, eu sei. Mas essencial. Porque meus últimos dias longos e cheios não me fizeram te esquecer. As últimas pessoas que entraram na minha vida, felizes e cheias de histórias não me fizeram te esquecer. Quando me sento aqui, ainda é nossa música que escuto. E eu busco suas palavras enquanto escrevo as minhas. Eu me lembro de suas verdades enquanto tento não lembrar de meus erros. Eu ainda sinto muita vontade de te contar tudo que demorei a perceber. Contar tudo que fiz ontem, tudo que planejei para os próximos meses, e como tem sido difícil. Tem sido feliz, apesar de tudo. E isso me mata. Isso me rasga em mil pedaços. Porque felicidade incompleta não é nada. Porque sorriso sem verdade não traz nada. Eu não tenho mais tido tempo. Não tenho mais tido meus pensamentos contínuos em horas vagas pela noite. Mas é aqui, escrevendo e aqui, vendo tanta gente que precisa de uma só palavra, que eu entendo que as tuas eram minhas. E as tuas eram as verdades que eu nunca quis aceitar. Eu te perdi anos atrás e continuo te perdendo até esse exato instante. E vou te perder até o dia em que eu puder acreditar que já sou nova. Que já me livrei de tanta loucura. NADA vai te trazer de volta Porque nada traz de volta o que se perdeu. Li algo sobre proximidade distante e te encontrei dessa forma. Era algo sobre pessoas que estão irremediavelmente perdidas umas para as outras. Você não entenderia do que estou falando. E te detesto por isso. E te detesto porque você nunca entendeu. Mas você atendeu meus pedidos, meus chamados, minhas desilusões. E o que mais dói é escrever e lembrar. E escrever, como já fiz milhões de vezes, que você estava aqui e estaria. Por quanto tempo fosse preciso. Eu não sei perder as pessoas. Eu posso escrever mil páginas como essa e isso não te traz de volta.E eu perdi dois anos. E eu te amo como se hoje fosse o segundo dia ou então como se uma vida inteira tivesse passado. Eu te amo como sempre e como nunca. E mais todos os dias. E isso continua me rondando. E isso continua ocupando um espaço que não deveria ser tão imenso, que não deveria pesar, que não deveria me causar arrependimento. Não deveria doer. Mas dói sempre. E pode ter certeza que enquanto estou escrevendo é porque está doendo. Enquanto estou distante é porque está doendo e porque sou fraca demais para estar aí. Enquanto estou em silêncio é porque estou segurando minhas lágrimas. E enquanto eu estiver olhando para um ponto fixo é porque estou tentando entender o motivo de termos chegado até aqui. Eu pensei que não me culparia mais. Mas não existe outro responsável além de mim. Não existem outras respostas além dessas. Tampouco outras saídas. Eu pensei que esqueceria. Por tudo nesse mundo, juro que pensei. Mas ilusões são coisas tão pequenas perto da verdade. Ilusões começam essa tarde e terminam na manhã seguinte. E devastam todo o curto caminho. Eu preferia que você entendesse. Que houvesse outra forma de explicação além das inúmeras que já tentei. Eu queria que palavras me levassem a algum lugar e mesmo sabendo que isso nunca vai acontecer, eu continuo insistindo. E continuo te querendo. E não sabendo como terminar de contar minhas histórias em textos, por isso só quero continuar dizendo essa mesma coisa... Tentar já não é a solução. Buscar já não completa mais. Esquecer já saiu do meu vocabulário. Esse sempre foi o objetivo e nunca foi alcançado. Tua presença distante me faz notar que as coisas nunca mais serão como eram e como deveriam ser. Eu demorei tempo demais. Sei. Mas ainda queria te contar. Ainda te amo. Ainda penso em você. Um dia desses ainda conto.
[ é o ultimo texto que eu escrevo pra você, assim como a ultima vez de um monte de coisas, que logo serão deixadas pra trás com o tempo. é só mais uma dor de amor. é só mais um texto amador, e sem graça. ] [ ACR ]

quinta-feira, 21 de abril de 2011



Tem uma coisa aqui dentro que está sendo difícil de lidar, algo que sobe do estômago ao peito e que é horrível. Fecho as mãos com força tentando expulsar isso de mim, mas está difícil. Eu sorrio o dia inteiro, faço até graça, mas no caminho de volta pra casa essa angústia me consome. Vem assim, do nada e de repente tenho vontade de chorar... Eu engulo, dou o goto e dói demais, demais! Por você? Será que é mesmo por você? Também. Os ventos não sopram em boa direção ou na contramão, eles oscilam o tempo inteiro e formam milhares de pequenos redemoinhos ao meu redor. Tudo gira, vai e volta e me deixa tonta, mais confusa do que já estou. Tudo meio que de uma só vez, as piores lembranças do passado voltam a me atormentar, chegam e levam pra longe os meus sorrisos, alimentam-se das minhas lágrimas que só cessam quando de cansaço, meus olhos não suportam a dor de permanecerem abertos olhando para a escuridão das paredes do meu quarto, fecham-se lentamente, entorpecendo meu corpo pouco a pouco. Acordo com dificuldade para sorrir, faço um enorme esforço para mover os músculos de meu rosto e deixar o máximo afastados os cantos de minha boca. Ao conseguir, brinco de congelar e levo comigo esse sorriso, brinco comigo mesma de estar feliz e às vezes, juro, quase me convenço. Tá triste demais, amargo demais e eu necessito de você aqui comigo para poder encostar em teu peito a minha cabeça e suspirar aliviada, pra poder sentir o toque delicado de seu polegar em meu rosto, enxugando as minhas lágrimas. Eu só queria a sua mão segurando a minha, seu braço em meu ombro, seu abraço me reconfortando. Outra pessoa não importa, não interessa, porque de todas as que por aqui passaram, apenas você conseguiu mexer comigo, conseguiu despertar em mim o meu verdadeiro eu, me permitiu deixar aflorar toda a minha sensibilidade e sem medos te contar meus segredos. Estou tentando, mas não sei se vou conseguir... Eu não sou tão forte assim e só queria que alguém percebesse. Todas as noites ao deitar a cabeça em meu travesseiro peço para que Deus me ajude e faça tudo voltar ao seu devido lugar, rezo para que no dia seguinte tudo passe, tudo seja azul. Só que aí, nada mais é colorido e tudo é tão embaçado, tão desencaixado e fora do lugar... Pixelaram a minha vida e nela jogaram uma escala cinza que parece ser infinita. Aquilo tudo ocorrido um ano atrás está sendo revivido nos mais assustadores sonhos, tenho medo de deitar sozinha, mas você não está aqui. Naquela noite triste de choros sem fim jurei a mim mesma um recomeço e agora reafirmo minha promessa, mas eu quero fazer isso com você, compreende? Por que não podemos começar tudo de novo? Com você vai ser tão mais fácil e tão menos doloroso... Você me feriu e com as minhas palavras, também te magoei. Vamos lá, que tal tentar? Tentar fazer o certo, tentar não nos machucar. Vamos lá, é a minha última chance de me regenerar e a nossa última chance de nos perdoarmos.

- E por todas as vezes que te desprezei, mil perdões, estava tentando apenas te esquecer. Não consegui, então te peço: Vamos recomeçar e tornar a viver? Porque hoje me permiti deixar ver, eu não sou eu nem sou ninguém, sem você.
Posso falar um bocadinho de coisas procê? Obrigada desde já. É que antes da minha soneca da tarde, eu parei para matutar sobre ocê. E sabe o que saiu de dentro da minha cachola? Todas as palavras que você dizia para eu, quando nós proseávamos. E eu queria de algum jeitinho entender se não era lorota o que saia da sua boca. Quando ocê disse que eu era a única caipira que encantava ocê por todas essas bandas, os seus olhos brilhavam. Mar eu tava encabulada e não conseguia indagar se ocê estava sendo sincero ou era só conversa pra bezerro dormir. Mermo assim, um pouco louca do juízo, euzinha sozinha, fico matutando toda hora pra decifrar o amor da gente. Se é que nós tem amor, num é mermo? Mar pra terminar esse bocadinho de palavra que eu disse pra ocê se tocar, eu quero dizer que euzinha aqui, ta toda mexida por ocê, e se ocê quiser eu, eu quero ocê.
Não é de hoje, que eu sinto isso. E você sempre soube que eu era a única, que estaria do seu lado sempre! Porém, isso te fez me magoar cada vez mais, me fez chorar, me fez pedir aos céus para te esquecer, me fez tentar me apaixonar por outro, mas mesmo assim eu nunca deixei de te amar, nunca. Apesar de já ter te visto com outras, de já ter ouvido de você tudo o que eu não queria escutar, de ouvir você mentindo e saber que você estava mentindo, de acreditar nas suas desculpas, eu nunca deixei de pensar em você. Mesmo indo para longe, demorando um tempo sem te vê, sem escutar sua voz, sem saber noticias suas, você sempre foi o meu grande amor. Até quando eu era criança, vendo a sua implicância, e o seu jeito insuportável de achar que sempre está certo, você sempre foi os motivos dos meus sonhos. E hoje, depois de muitos anos, depois de você ter feito tudo isso, eu ainda estou aqui do seu lado, mas... Pedindo para que você faça de tudo para não me magoar mais, pois em nenhum lugar do mundo irá existir uma menina que te ame do jeito que eu te amo, nenhuma outra conseguiria aceitar tudo isso, só eu. Só eu, porque eu guardo esse amor tão grande, em um cofre! Esse amor tão forte que eu sinto por você, só por você. Eu, definitivamente posso dizer a qualquer pessoa que sou louca por você, e mesmo depois de ter enfrentado tantas peneiras para saber se esse amor é realmente verdadeiro, ele continua firme e forte dentro de mim. Não jogue fora esse amor, por favor.


Eu preciso de você. Eu realmente preciso de você, eu preciso saber que você está bem, eu preciso saber se você está precisando de algo, se você está sorrindo, chorando, ou com saudades de mim. Eu preciso que você esteja com o coração acelerado ao me vê, para que eu consiga pelo menos dormir bem. Eu preciso sonhar com você todas as noites, para poder acordar com um sorriso no rosto. Eu preciso receber ligações suas, eu preciso ouvir sua voz, eu preciso sentir o teu cheiro, eu preciso sentir o seu calor, eu preciso rir das coisas que você fala, eu preciso escutar músicas que lembram você, eu preciso... Eu preciso cada vez mais vê o seu sorriso, mesmo que seja de longe, eu preciso ouvir o seu nome, eu preciso sentir ciúmes de você, eu preciso ouvir você dizer que gosta de mim, eu preciso de você

sábado, 26 de março de 2011

E quantas vezes você ficou parada pensando no que ele te disse ontem ?

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A aliança é usada no dedo anelar da mão esquerda, pois ele é o único dedo que tem uma veia ligada ao coração.
Eu queria poder receber um “Eu sinto tua falta!” quando menos esperar .

Mulher bonita mesmo não precisa de roupas mínimas pra mostrar que tem um corpo bonito, nem de muita maquiagem pra mudar a feição, basta um bom cérebro, um bom coração e um sorriso no rosto pra ser muito mais especial e valorizada.


E bem ali eu soube. Não importava o que custasse ou o que acontecesse no percurso… Ou até mesmo como nós nos conhecemos ou a situação em que estávamos. Não importava nem mesmo os laços que eu rompi ou as coisas que perdi. Meu lugar era ao lado dele e era ali que eu ficaria por toda a eternidade.




- Você acha que esta história vai ter um final feliz?

- Finais felizes são apenas histórias que ainda não terminaram.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Venha aqui, não diga que me esqueceu e não tente disfarçar o seu olhar em minha direção. Me ligue, mande uma mensagem, mande um recado pela sua melhor amiga, dê algum sinal de que está aí e que ainda sente algo por mim. Me escreva uma carta, passe pela minha rua ou simplesmente ponha o rosto na janela que eu passo aí na sua. Me xingue, diga que eu sou idiota, um cretino, porque eu sou mesmo, só não diga que me esqueceu e que não vai mais voltar. Caso seja verídico, fique calada, deixe-me a sós com a minha ilusão. Você será sempre minha, sempre fará morada na casinha desabada dentro de meu peito, e tempo algum será capaz de apagar sequer um segundo que passei ao seu lado, minha menina. Perdão por ser tão falho, perdão por não ter te dado todo o amor que merecia, perdão pelas minhas crises de ciúmes, perdão pelas brigas bobas e pelos atrasos nos jantares de família. Minha vida, perdão por te amar demais. Pelo medo de não te ter para sempre, eu te perdi, amor, volta pra mim? Eu sinto a falta do seu abraço, das suas mãos acariciando o meu cabelo e do seu hálito quente... Falta de te melar toda de chocolate, de passar tardes e mais tardes deitado com você no sofá da sua casa, de chamar a sua mãe de minha sogra. Eu não posso, não posso viver sem você, sem a tua voz me desejando boa noite e pedindo que eu tome cuidado na volta para casa, sem seu cabelo escorrido sob meu peito.. Eu roubo as estrelas do mar, roubo o sol e a lua só pra te dar.. Com eles também te entrego meu coração, meu corpo sob teu corpo deitado no chão, observando os pássaros no céu e as nuvens de algodão.

Eu te amo demais.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Arranhões feito , feridas reabertas .


A noite foi longa para mim sem você. Depois de tanto tempo, a saudade entrou sem bater em meu quarto, se acomodou ao pé da minha cama e não quis de maneira nenhuma partir. Me vieram à mente todos os fins de tarde ao seu lado... Vieram-me à mente as lembranças daquele dia em que ficamos deitados ao som de Renato Russo, da vez em que subimos até o topo daquele prédio para ver o sol se pôr... As lágrimas escaparam sem querer. Meu Deus, há quanto tempo eu não chorava por você? Quanto tempo já faz que não nos falamos, que não somos mais nós mesmos um frente ao outro? Me fez falta o toque das suas mãos, as suas mãos ásperas que acariciavam a minha pele como plumas. É triste só poder te olhar de longe, é triste poder apenas ouvir o som de sua risada em nossa roda de amigos e saber que o motivo do seu sorriso já não sou eu. Lembra de quando encostávamos nossas cabeças e passávamos minutos nos olhando, olho no olho, corpo no corpo, coração no coração? Lembra de como eu te chamava? O tempo passou e as lembranças daquela época me deixam num estado completamente nostálgico, ainda. Se amo a você? Não, amo ao cara que eu conheci, não o cara que todos conhecem. Hoje as cores do teu olho não são mais a mesmas, o seu vôo não é mais tão belo, e as feições graciosas que ficavam tão explícitas quando sorrias, não aparecem mais, ao menos não para mim. Os cantos de sua boca não se afastam mais de uma forma tão natural. Hoje nós nos vemos, porém não nos olhamos, não mais. Eu tenho medo de me permitir estar entregue ao toque de suas mãos, de estar em suas mãos, hoje novamente ásperas. Bastam para mim os cortes que elas fizeram ao se fecharem naquela mesa decretando um fim. Então, não, obrigada, não preciso mais de arranhões.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?