quinta-feira, 20 de maio de 2010


Sei que ainda tem amor. Pode sim ter outros interesses que baguncem tudo aí, mas ainda há amor, mesmo que quase pairando, bem acostumado, sem esperanças. Mas ainda há. Só o que falta é a coragem pra acreditar nele. A ausência de esforço pra tudo ficar bem. E dessa vez, rasgando tudo que ainda é vivo aqui dentro, não vai ficar bem. O vento que te trazia tarde da noite, parou de ventar. E de inventar. Sabe, pode ir. Eu deixo. Mas me deixa ficar... Ficar só um pouquinho. Fingir só por um instante que voltamos há dois anos e tem toda aquela euforia no peito. Porque se você A.C quiser também, eu fico. E não deixo nunca mais você ir. Eu só quero saber o que você quer. Eu continuo aqui, inventando amores, me alegrando com horas repetidas, escondendo medo por trás de auto-segurança e fingindo pra todo mundo que não te espero, quando, na verdade, é só o que eu tenho feito. É só você dizer, não importa o que. Eu vou entender, como sempre. Mas não esquece que ainda há. Ainda ar. Ainda A. Leve, longe, raro, mas Ainda.

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